Mostrando postagens com marcador Resenha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Resenha. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Resenha #20: Cemitério de Dragões - Rapahel Draccon

Um soldado de elite do exército americano desaparecido em uma missão no Afeganistão.

Uma africana guerrilheira crescida em meio a conflitos étnicos de Ruanda.
Uma garçonete irlandesa praticante de artes marciais mistas.
Um hacker Brasileiro descendentes de orientais.
Um dublê francês mestre de Parkour.
       Cinco realidades distintas. 
 Em diferentes pontos do planeta Terra, cinco pessoas com histórias e origens completamente distintas desaparecem por motivos variados e acordam numa outra realidade. Em meio a guerras envolvendo demônios, dragões, homens-leão, seres fantásticos e metal vivo, os cinco precisam compreender os motivos de estarem ali e combater um mal que talvez não possa ser impedido. 

 Neste livro, vamos ter 5 personagens principais, que de uma hora pra outra acordam em uma dimensão totalmente diferente da terra, essa dimensão é governada por seres reptilianos.Os personagens estão separados nessa terra e com isso passam por muitos perigos e aventuras, porém chega um momento em que eles descobrem o propósito de estarem ali, e que tem a ver com uma certa noite que estava prestes acontecer. São forjadas armaduras e armas para cada um deles, feitas de metal vivo, magia e SANGUE DE DRAGÃO!
A partir daí, nós passamos a entender o "porque" do legado ranger. :3 

  Apesar dos capítulos serem divididos entre os personagens da super para entender, não fica aquela coisa confusa, você consegue acompanhar o fluxo da história sem problemas. Outra coisa que vale ressaltar também é a riqueza de detalhes principalmente nas lutas, mano é incrível da pra você ter uma ideia real do que ta acontecendo, de cada chute, cada tiro, sério, é incrível.
  Esse é sem duvidas um dos melhores livros que eu já li .
Se você gosta de: Dragões, Demônios, outras dimensões, Power Rangers e Seres fantásticos, você deveria ler esse livro. 



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Resenha #19: Nas Vísceras de Um Suicida - Marcelo Lemes




"Mas hoje acredito que, assim como tenho o livre-arbítrio para viver, rascunhar com indolência a claridade das manhãs, ou desenhar com exuberância as trevas noturnas, optar pelo sal ou pelo açúcar, gritar palavras sujas ou me conter em silêncio diplomático, também posso antecipar a morte e, principalmente, escolher a data, a hora, o local e a maneira que melhor me satisfaça o ego, ao ser o único responsável pelo meu destino." 



  Podemos caracterizar e definir a depressão atualmente, como: "O mal do século.". Sabemos que pode se passar 1001 motivos para uma pessoa querer tirar a própria vida, e, eu costumo dizer que o suicídio propriamente dito, está terminantemente ligado à depressão, por uma simples questão de lógica se você parar para pensar bem.
  Nas Vísceras de Um Suicida, é um livro em que procuramos esses 1001 motivos, que possam levar o protagnista da narrativa à cometer suicídio, porém, não achamos, ou, podemos misturar esses 1001 motivos e obter uma única resposta. Neste livro, ficamos à mercê do pensamento de um suicida, do qual não sabemos absolutamente nada (nome, endereço, telefone, cor da casa, emprego) a não ser uma coisa: o quão prolixo é, a sua vontade de morrer.

"Mas a vida é feita de parágrafos e páginas e capítulos surpreendentes e, por algum motivo, nós, mortais, jamais possuiremos o poder de pular uma palavra sem antes experimentá-las e vivê-la com integridade substancial. Surpresas nos esperam, o tempo todo. Se por acaso rasgarmos alguma lauda, por detestamos a história, a trama simplesmente termina. Não haverá segunda chance. O livro é retirado de nossas mãos.


  No decorrer da leitura, o protagonista vai revelando alguns motivos pelo qual ele quer acabar com a própria vida. Um casamento infeliz, uma perda dolorosa, más esperiências passadas, sapos engolidos.
  A trama toda, se passa em uma única noite, em que o protagonista está sozinho em casa (a esposa havia ido ao cinema com a filha) então ele teria muito tempo para morrer. O suicida pega uma taça, vinho e veneno, e se senta perante a mesa, daí, começamos a conhecer um pouco do nosso personagem principal.

"Mas todos, hora ou outra, acabam afundando a cabeça nessas águas para não morrerem asfixiado pela poluição em que o mundo se converteu."
 

  A todo momento, fica claro que o protagonista quer sim morrer, porém, sem sentir dor e ao mesmo tempo não quer pelo impacto que a sua morte vai causar, já que por exemplo, podemos citar que o suicida é uma pessoa muito bem sucedida, cristã, e vive se interrogrando do quê vai acontecer com ele após a morte.



  Eu acho que não saberia falar mais sem contar spoiler, já que se trata de uma história curta, de apenas 150 páginas. O que eu pude extrair para a minha vida, é que independentemente, do quão bem sucedido você for, do quão popular você for, do quão íntegro você for, do quão gentil você for, os pensamentos suicidas podem bater na sua porta à qualquer hora e nesta leitura, eu pude chegar a conclusão do quão dolorido e lindo ao mesmo tempo, é, o pensamento suicida.

"Vejo uma grinalda de hipocrisia na humanidade. É um absurdo sem tamanho investir tanto dinheiro em objetos de luxo. Futilidade exagerada. Acessórios insignificantes são feitos de ouro. Ouro puro em torneiras de banheiro. Banheiro. Onde depositamos nossa gloriosa merda. Onde lavamos a sujeira do corpo fétido. Onde cuspimos e escarramos o pior de nós mesmos."


  O trabalho editorial do livro, como sempre, simplesmente INCRÍVEL. Ótimo trabalho Editora Penalux! As folhas são muito grossas, dando um conforto a mais durante a leitura. Sem contar no detalhe no cantinho da folha da taça com o vinho. Simplesmente amei! Aposto que assim como eu, esse livro vai te deixar nas vísceras de um suicida.



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Resenha #18: O Grande Deus Pã - Arthur Machen




Entre os criadores modernos do pavor cósmico elevado ao seu mais alto rigor artístico, poucos podem ser comparados ao versátil Arthut Machen, autor de uma dezena de narrativas curtas e longas em que os elementos de terror oculto e ameaça sinistra alcançam uma essência e um realismo difíceis de equiparar. 

De seus escritos de terror, talvez o mais famoso seja O Grande Deus Pã, em que Machen narra a história de um singular e terrível experimento, bem como suas nefastas consequências.




  1883. Ano em que Machen lançou O Grande Deus Pã. Reis do terror como: H. P. Lovecraft, Edgar Alan Poe e o mais atual rei do horror Stephen King, declararam publicamente, que esta obra de Arthur, os serve de influência até hoje.
  É um pouco complicado organizar os pensamentos quando se trata de uma obra antiga assim, ainda mais quando se está se referindo ao estopim do terror moderno, que prevalece até os dias atuais com grande peso na literatura. Antes de começar a falar um pouco sobre o livro, eu gostaria de declarar que, para que eu pudesse entender melhor a história, eu precisei reler o livro. Se trata de um livro um tanto pesado, mesmo sendo uma leitura fluida, onde os mínimos detalhes pesam para que se compreenda bem o final.
  O livro conta com apenas 122 páginas, porém, são 121 páginas de interrogações e na última página (literalmente) são respondidas todas perguntas e mais um pouco de tudo o que o leitor pudesse imaginar. Como se trata de uma história um tanto quanto pequena, fica meio complicado falar um pouco da narrativa sem soltar aquele spoiler, mas, contarei algumas pequenas coisas, porém, sem me aprofundar muito.

"Digo que tudo isso não é nada além de sonhos e sombras; as sombras que escondem o mundo real de nossos olhos."

  O Grande Deus Pã, é um ser impossível de descrever, alguns tentaram, mas falharam miseravelmente, observe:

"O rosto enegrecido, a forma edionda sobre a cama, transformando-se e derretendo diante de seus olhos, indo de mulher para homem, de homem para besta, e de besta para pior que besta."

  Esse deus, não se pode ser visto, a menos, claro, que a pessoa queira no mínimo ficar louca. Ora, Pã é um deus, um ser "divino" divinamente demoníaco. 

"É incrível demais, monstruoso demais, tais coisas não podem existir nesse mundo tranquilo, onde homens e mulheres vivem e morrem, e lutam e conquistam, ou talvez sucumbem à dor e ao arrependimento, e padecem estranhos destinos por anos seguidos."

  O trabalho gráfico desse livro, é um ponto bastante positivo que eu não poderia deixar de ressaltar. Nesse livro, encontramos uma linguagem bastante atual e de fácil compreensão, fazendo com que a leitura simplesmentente flua. Temos no rodapé, algumas notas do editor que auxilia muito na leitura, já que estamos falando de um livro escrito à mais de um século atrás, onde, há palavras que realmente poucas pessoas conhecem, e que, se for substituída por outra, perde a coerência do texto. E, por último, juntamente com o indicador de enumeração de cada capítulo, temos o desenho da Flauta de Pã:


Existe uma lenda na mitologia grega que diz que um dia, o deus da natureza selvagem, Pan, estava perseguindo a ninfa Siringe, que repelia os seus avanços e se recusava a amar um homem tão parecido com uma cabra. Ela então correu para o rio; presa e incapaz de atravessar ela pediu as ninfas do rio para mudar sua forma, e responder suas orações, transformando-a em caniços do pântano. Sentindo o coração partido, Pan reuniu as canas e assim inventou o instrumento musical que ele chamou siringe. Hoje chamamos Flauta de Pan ou somente Flauta Pan.

Fonte: http://musiteca.com.br/aguarde/conheca-um-pouco-mais-sobre-a-flauta-de-pa/



  O livro além de terror, é bastante visível o suspense, que acaba deixando o leitor querendo saber o motivo do acontecido cada vez que as páginas vão passando. Uma leitura tão rápida e tão tensa ao mesmo tempo, que vai te fazer voltar algumas páginas e te deixar meio perturbado para dormir durante a noite.
 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Resenha #16: Causa Morte - Débora Gil Pantaleão

Sinopse: 

"Um pouco de vento, um pouco de fé não faria mal a ninguém, vice? é terrível estar tão só. As letras-palavras de Débora foram me levando pra esse lugar virando retrato da cidade esquisita de Pedro que cabe a gente, não só eu, a gente toda que nunca viu a Dona Sorte na vida, não sabe nem se é mulher.
                                                                                                                                    - Aline Bei.

"Pedro se setia morto de qualquer forma."

Resenha: 

Você já começa se surpreendendo quando abre o livro e da de cara com essas duas frases:
Deus nos ama, porque nos criou! -"O homem criou Deus!" - respondem vocês, sutis. E não deveriam amar o que criou?Deveria negá-lo, porque o criou?                                           - NIETZSCHE



"A tragédia, como tal, nada ensina sobre o mal, porque ela tem muito a ensinar sobre muitos tipos de ações.E, no entanto, pode-se no mínimo dizer, contra a moderna ênfase no mal transcendental, que a maioria das grandes tragédias do mundo não termina com um mal absoluto, mas com um mal que foi tanto vivenciado quanto suportado."                                                                       - Raymond Williams.


Eu nunca tinha lido uma novela, e achei bem interessante a forma como a autora usou as pontuações ao seu favor a fim de enfatizar o clima vivido por seus personagens, fazendo com que as perguntas aparentem ser suas próprias respostas, ou mesmo a ausência delas.

Porém senti um pouco de dificuldade em separar a comunicação dos personagens, o que no começo foi um problema, mas depois você se acostuma e a leitura flui. :3

"Pra onde vai um barco sem âncora."



A história começa quando nosso personagem chega a um lugar chamado Cabedelo à procura de Pedro.



" Cheguei a Cabedelo sem muitas dificuldades. No jornal, a foto escura não atrapalhava o caminho. Todos conheciam Pedro. Se assustavam ao me ver à sua procura."


Ele acha a casa de Pedro, e depois de insistir muito e se apresentar como Jornalista que veio de São Paulo para passar alguns dias na cidade, e quem sabe conversar um pouco com ele faz com que Pedro de alguma forma tenha piedade e o aloje em sua casa, porém Pedro se negava a conversar sobre qualquer coisa além e manda-lo embora, e ele insistia em ficar. 

Mas no seu centésimo aniversário isso mudou.
Dai em diante muitas coisas frias, tristes e até mesmo chocantes vão acontecer. 

"No dia de seu centésimo aniversário, Pedro se dirigiu a mim de forma diferente. Aquilo me matou, me fascinou ou mesmo tempo. Pedro, como quem se confessava, disse:O homem é uma paixão inútil, meu amigo."



A medida que a história se desenrola nos deparamos com passagens que carregam frases simplesmente incríveis, que nos fazem pensa muito sobre tudo.



" No alvorada, Pedro e. Seu Severino. Poupavam as palavras.  Pensamentos iam e vinham junto ao solavanco do barco. As cabeças deles tão distantes quanto os peixes da rede."



"Não há outra coisa a se invejar de alguém. A não ser que. Ache a vida bonita."

Essa resenha é bem simples, comento apenas uma parte do livro porque como disse antes nunca havia lido um livro desse estilo, e por esse motivo não tenho certeza se entendi realmente a essência dos capítulos seguintes.

Espero que isso não seja uma barreira para vocês, porque eu realmente gostei do livro, e tenho certeza que muitos de vocês também irão gostar.   


"Ás vezes, temo você ser uma representação de mim, Pedro. Uma representação de mim. Ou, talvez. Eu nem exista."
 Avaliação:






Clique Aqui para adquirir o livro