segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Resenha #16: Causa Morte - Débora Gil Pantaleão

Sinopse: 

"Um pouco de vento, um pouco de fé não faria mal a ninguém, vice? é terrível estar tão só. As letras-palavras de Débora foram me levando pra esse lugar virando retrato da cidade esquisita de Pedro que cabe a gente, não só eu, a gente toda que nunca viu a Dona Sorte na vida, não sabe nem se é mulher.
                                                                                                                                    - Aline Bei.

"Pedro se setia morto de qualquer forma."

Resenha: 

Você já começa se surpreendendo quando abre o livro e da de cara com essas duas frases:
Deus nos ama, porque nos criou! -"O homem criou Deus!" - respondem vocês, sutis. E não deveriam amar o que criou?Deveria negá-lo, porque o criou?                                           - NIETZSCHE



"A tragédia, como tal, nada ensina sobre o mal, porque ela tem muito a ensinar sobre muitos tipos de ações.E, no entanto, pode-se no mínimo dizer, contra a moderna ênfase no mal transcendental, que a maioria das grandes tragédias do mundo não termina com um mal absoluto, mas com um mal que foi tanto vivenciado quanto suportado."                                                                       - Raymond Williams.


Eu nunca tinha lido uma novela, e achei bem interessante a forma como a autora usou as pontuações ao seu favor a fim de enfatizar o clima vivido por seus personagens, fazendo com que as perguntas aparentem ser suas próprias respostas, ou mesmo a ausência delas.

Porém senti um pouco de dificuldade em separar a comunicação dos personagens, o que no começo foi um problema, mas depois você se acostuma e a leitura flui. :3

"Pra onde vai um barco sem âncora."



A história começa quando nosso personagem chega a um lugar chamado Cabedelo à procura de Pedro.



" Cheguei a Cabedelo sem muitas dificuldades. No jornal, a foto escura não atrapalhava o caminho. Todos conheciam Pedro. Se assustavam ao me ver à sua procura."


Ele acha a casa de Pedro, e depois de insistir muito e se apresentar como Jornalista que veio de São Paulo para passar alguns dias na cidade, e quem sabe conversar um pouco com ele faz com que Pedro de alguma forma tenha piedade e o aloje em sua casa, porém Pedro se negava a conversar sobre qualquer coisa além e manda-lo embora, e ele insistia em ficar. 

Mas no seu centésimo aniversário isso mudou.
Dai em diante muitas coisas frias, tristes e até mesmo chocantes vão acontecer. 

"No dia de seu centésimo aniversário, Pedro se dirigiu a mim de forma diferente. Aquilo me matou, me fascinou ou mesmo tempo. Pedro, como quem se confessava, disse:O homem é uma paixão inútil, meu amigo."



A medida que a história se desenrola nos deparamos com passagens que carregam frases simplesmente incríveis, que nos fazem pensa muito sobre tudo.



" No alvorada, Pedro e. Seu Severino. Poupavam as palavras.  Pensamentos iam e vinham junto ao solavanco do barco. As cabeças deles tão distantes quanto os peixes da rede."



"Não há outra coisa a se invejar de alguém. A não ser que. Ache a vida bonita."

Essa resenha é bem simples, comento apenas uma parte do livro porque como disse antes nunca havia lido um livro desse estilo, e por esse motivo não tenho certeza se entendi realmente a essência dos capítulos seguintes.

Espero que isso não seja uma barreira para vocês, porque eu realmente gostei do livro, e tenho certeza que muitos de vocês também irão gostar.   


"Ás vezes, temo você ser uma representação de mim, Pedro. Uma representação de mim. Ou, talvez. Eu nem exista."
 Avaliação:






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